O Prof. Oosterbeek, novo Secretário-Geral do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas da UNESCO é orientador de doutorado do Dr. Henrique Mourão e do Dr. Mário Werneck na Universidade de Córdoba, Espanha.
DATA: 12 de Janeiro 2015
NOTA À IMPRENSA
NÚMERO 1/2015
Investigador Português é o novo Secretário-Geral do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas
A assembleia-geral do Conselho Internacional de Filosofia e Ciências Humanas (CIPSH), reunida na sede da UNESCO em Paris, decidiu eleger como novo secretário-geral o Professor de Arqueologia Luiz Oosterbeek.
O CIPSH foi fundado em 18 de Janeiro de 1949, no âmbito da UNESCO, e reúne a União Académica Internacional e as federações internacionais das disciplinas de filosofia e ciências humanas (História, História da Arte, Línguística e Literatura, Estudos Clássicos, Pré-História e Proto-História, Filosofia, entre outras).
O CIPSH coordena neste momento uma reflexão internacional sobre o sentido e a função das humanidades nas sociedades do século XXI e participa nos principais programas internacionais de ciência, tecnologia e desenvolvimento, em colaboração com a UNESCO e as academias e universidades dos diversos países.
Professor de Arqueologia Pré-Histórica e de Gestão do Território no Instituto Politécnico de Tomar, Luiz Oosterbeek é Presidente do Instituto Terra e Memória, com sede em Mação e no Brasil. Formado pelas Universidades de Lisboa, Porto e Londres, foi vice-gestor da área de Ciência e Sociedade do programa iberoamericano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CYTED). É investigador do Centro de Geociências da Universidade de Coimbra (recentemente avaliado com excelente pelos painéis de avaliação da FCT/ESF), no qual coordena o Grupo de Quaternário e Pré-História, com sede em Mação.
Com projectos de investigação na Europa, na América Latina e em África, Oosterbeek publicou mais de 40 livros e 300 artigos com estudos de arqueologia (especialmente sobre as origens da agricultura e padrões de mobilidade das sociedades humanas), arte rupestre, gestão do património e gestão do território. Crítico da acomodação e da perda de exigência e investimento no ensino superior europeu, é defensor de um ensino universitário com forte componente aplicada politécnica, que combine o rigor e flexibilidade da formação teórica com o pragmatismo e aplicabilidade directa da formação técnica.
Luiz Oosterbeek defende um novo paradigma de gestão integrada do território, no qual as ciências humanas e sociais (especialmente a arqueologia e a antropologia) têm uma responsabilidade fundamental, por estudarem factores decisivos da variabilidade do comportamento humano e da sua estruturação cognitiva. Neste domínio, desenvolveu metodologias de gestão territorial orientadas para o reforço da governança territorial a partir do reforço da competência crítica dos cidadãos e da substituição da lógica “problemas e soluções” por uma lógica de “dilemas e escolhas informadas”.