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Dr. Henrique fala ao jornal O Tempo sobre as verticalizações e seus impactos

Consequência inevitável do avanço imobiliário, a verticalização traz impactos diversos à região em que se desenvolve. O professor de geografia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) Glauco Umbelino – autor de um estudo sobre o aumento de apartamentos nessas regiões – diz que, em geral, nos municípios dessas áreas, a expansão imobiliária não é realizada acompanhada de planejamento de ocupação.

“A urbanização por um lado é boa, porque tende a concentrar serviços para a população. Mas quando o planejamento não é adequado, o custo para resolver os problemas é muito maior”, diz o especialista.

Críticas. Os problemas mais comuns são a piora do trânsito, a poluição ambiental – que atinge fontes e cursos de água –, e a poluição estética. Para o presidente da comissão de direitos difusos e gestão integrada de territórios da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas (OAB-MG), Henrique Mourão, a verticalização dessas regiões do interior de Minas pode interferir até mesmo na cultura local. “Isso tira aquele modo de cultura, aquela singularidade da região. O mercado imobiliário sustenta o princípio do adensamento, dizendo que é a maneira mais moderna, mais sustentável de se morar. Mas é uma grande ilusão, porque o impacto urbano é extremamente superior”, afirma o advogado, que move uma ação civil pública contra a verticalização do Vale do Sereno, em Nova Lima, na região metropolitana.(JHC)

Publicado no jornal O Tempo do dia 28/07/2013.

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